Investimentos em água e esgoto são apresentados em Plenária da ACIAA
Durante a Plenária da ACIAA, realizada no dia 25, o Superintendente da CASAN José Ricardo apresentou os investimentos já realizados e previstos para o município totalizando R$ 4 milhões em água e R$ 19 milhões em esgoto. Atualmente a empresa atende cerca de 23 mil habitantes, totalizando mais de 6 mil ligações de água. Para a região da BR 101 que ainda não recebe o abastecimento está previsto a ampliação da rede a ser implantada nos bairros Barra do Itapocu e Morro Grande.
O Superintendente destacou que a Araquari tem sido um município “fora da curva” quando se fala em crescimento “Não podemos nos basear em outros municípios. A CASAN foi consultada por 40 novos empreendimentos, sendo 11 loteamentos para saber sobre a viabilidade de água e esgoto”. O Gerente da CASAN em Araquari, Marcos Aurélio Destro ressalta que por dia recebe cerca de 10 novos pedidos de ligação de água e hoje a espera é de até 20 dias devido à falta de profissionais para realizar o trabalho.
O abastecimento do município é realizado hoje pelas Estações de Tratamento – ETA de Balneário Barra do Sul, das Carpas no Itinga e pela Águas de Joinville. O Superintendente José Ricardo destaca que com a entrega da Estação de Tratamento da Divisa, prevista para dezembro deste ano, a falta de água deve ser sanada. “Vamos conseguir abastecer toda região central e Porto Grande e ainda sobrará par ajudar no abastecimento do Itinga” explica. Enquanto isso a Casan tem realizado obras de melhorias da ETA das Carpas que deve aumentar a capacidade. O Superintendente acredita que para esta temporada de verão não deve haver falta de água.
Sobre as inúmeras reclamações dos moradores quanto a falta e qualidade da água o Superintendente explica que tem ocorrido devido às obras de saneamento básico que ocorrem na região central e em algumas localidades do Itinga “O abastecimento precisa ser suspenso em alguns momentos para realização das obras. E quando ocorre rompimento na rede a água passa a vir com sujeira até que o problema seja corrigido” explica. O Gerente Marcos Aurélio ressalta a importância de a população ligar para o 0800 “Precisamos que a população ligue e nos informe onde está o problema. Só assim poderemos enviar equipe para solucionar. A ouvidoria é o único canal de comunicação que a CASAN dispõem”.
O engenheiro Fiscal das obras de Saneamento em Araquari, Felipe Costa Leite, informou que com as obras do Sistema de Esgotamento Sanitária que estão no final da primeira etapa cerca de 8 mil pessoas serão beneficiadas. Duas Estações de Tratamento de Esgoto estão sendo construídas, além da rede coletora sendo implantada nas ruas.
Assinatura de contrato
Recentemente a Prefeitura de Araquari anunciou a criação de uma comissão para analisar a permanência da CASAN na cidade. A empresa e o município possuem apenas convênio, porém é necessário por lei um contrato entre as partes para regularizar a situação. A CASAN que encontrou resistência da Prefeitura tem realizado reuniões para atestar que pode continuar realizando os serviços no município. De acordo com o Superintendente com a assinatura do contrato a Prefeitura terá garantias jurídicas de que o serviço será cumprido. A engenheira e Gerente de Operações, Heloísa Alves Pereira dos Santos, destaca que a criação dos Planos Municipais de Saneamento são muito recentes, mas que com o plano feito (em Araquari foi concluído em janeiro deste ano) e o contrato assinado a CASAN terá de cumprir o que tiver no plano e cumprir metas e prazos. “Hoje não tem isso. Tudo é muito recente e esse novo sistema de trabalho só trará benefícios ao município e Araquari” completa.
O presidente da ACIAA, Alcidir Boaretto, destaca que o problema de Araquari com a CASAN é antigo “Temos um histórico de reivindicações feitas pela ACIAA desde 2014 e tivemos inúmeras promessas da CASAN. Hoje o cenário já é melhor, mas nos preocupamos que com os novos loteamentos sendo instalados e que em breve voltaremos a ter sérios problemas de falta de água. Esperamos que com a entrega das obras e melhorias a população e as empresas não sofram mais”. Ressalta Boaretto.
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Texto e fotos: Nayara Soethe